Espacios. Vol. 37 (Nº 09) Año 2016. Pág. 21
Antônio Venicius dos SANTOS 1, Amir Mattar VALENTE 2, Demis MARQUESI 3, Patricia de SÁ FREIRE 4, Vanessa ESPÍNDOLA 5
Recibido: 29/11/15 • Aprobado: 13/01/2016
2. Método LabTrans de Gestão do Conhecimento (GC) em Documentos de Projetos
3. Procedimentos Metodológicos
4. Estudo de Localização de Áreas de Descanso
5. Aplicação do Método LabTrans de GC em Documentos do Projeto sobre Áreas de Descanso
6. Análise da Aplicabilidade do Método em Documentos do Projeto sobre Áreas de Descanso
RESUMO: Este artigo tem o objetivo, a partir do Estudo de Localização de Áreas de Descanso, analisar a aplicabilidade do método Labtrans de Gestão do Conhecimento em documentos de Projetos, da área de engenharia civil. O método foi desenvolvido pelo Laboratório de Transporte e Logística da Universidade Federal de Santa para aquisição e integração de dados, informações e conhecimentos em documentos de projetos já finalizados. Para a pesquisa, foi realizado um estudo descritivo com análise de discurso nos documentos do Projeto em andamento visando identificar e relacionar os dados, informações e conhecimentos explicitados nos documentos do projeto construindo uma memória dos conhecimentos e a base para seu compartilhamento intra e inter projetos. Na análise de aplicabilidade realizada, conclui-se que o Método LabTrans de GC em Documentos de Projetos pode ser aplicado em projetos ainda em andamento, pois facilita a comunicação entre os pares, ao identificar os D.I.P.'S já registrados, explicitar conhecimentos que ainda estão sendo trabalhados e, principalmente, destacar os conhecimentos que faltam ser criados. Sugere-se o estudo da aplicação deste método em outros projetos da área de engenharia civil, para consolidar suas premissas, metadados, ontologia e taxonomias. |
ABSTRACT: This article is intended, from the study of Rest Areas of location, to analyze the applicability of knowledge management LabTrans method in Project documents, civil engineering. The method was developed by the Transport and Logistics Laboratory of the Federal University of Santa for the acquisition and integration of data, information and knowledge on project documents have been finalized. For the study, we performed a descriptive study of discourse analysis in project documents in progress to identify and relate data, information and knowledge made explicit in project documents by building a memory of knowledge and the basis for their intra and inter projects sharing. The applicability of analysis, it is concluded that the LabTrans method GC Project Documents can be applied to projects still in progress, it facilitates communication among peers, to identify the DIP'S already registered, explicit knowledge that are still It is worked out, and especially highlight the missing knowledge be created. It is suggested the application of the study of this method in other projects of civil engineering, to consolidate its premises, metadata, ontology and taxonomy |
Para consubstanciar a necessidade deste estudo é necessário inicialmente compreender a necessidade da Gestão do Conhecimento (GC) em projetos. Conforme aponta Ferenhof (2013), muitas empresas e empregados não se atentam ao fato que ao invés de reinventar o conhecimento a cada projeto iniciado, pode-se aumentar as chances de sucesso ao se reutilizar conhecimentos prévios, ou seja, projetos em parte ou todo já concebidos, testados e homologados, bem como suas experiências vividas ao longo de sua concepção, sejam elas, lições aprendidas ou boas práticas. Para se evitar o desperdício do conhecimento pela falta de reaproveitamento por outros projetos que poderiam, inclusive, otimizar seus resultados de tempo ou custo, deve-se eliminar desperdícios de conhecimentos dos Projetos ao ser capaz de partir de conhecimentos já existentes para evoluir em competências. É deixar de repetir, de fazer o irrelevante por já ter sido feito e, otimizar o tempo avançando em conhecimentos ainda a explorar.
A atenção deve estar voltada para o retrabalho promovido pelo esquecimento de conhecimentos depois de produzido. Como explica Ferenhof (2013, p.51) o desperdício do conhecimento "está na contra mão do valor, isto é, é todo o esforço, tempo, atenção despendida em algo que não agregue valor". Outro projeto poderia ser impactado positivamente pelo aproveitamento de conteúdos já criados, acelerando inclusive, suas entregas. Ferenhof et al. (2013, p.199) alerta que "em projetos há uma necessidade de se explicitar e compartilhar o conhecimento de forma a melhorar a relação entre os stakeholders e contribuir para o aprendizado dos mesmos e melhorar o planejamento, execução, monitoramento e controle dos projetos".
Assim, a GC em Projetos passa a ser uma ferramenta importante para o gestor de Projetos por ampliar o espectro de conhecimentos ao aproveitar boas práticas e lições aprendidas de projetos anteriormente realizados. Na sua maioria, a Gestão de Projetos se baseia em conhecimentos já explicitados de fontes já conhecidas. Conhecimentos que podem ser mais facilmente declarados, descrito, codificado, para transformar-se em conhecimento organizacional (SCHINDLER, 2002).
Ou seja, na linguagem de Gestão de Conhecimento, pode-se dizer que implantar a GC em Gestão de Projetos significa estruturar-se para apoiar a aquisição e o compartilhamento de conhecimentos intra e interprojetos, agilizar e tornar mais confiável a tomada de decisão durante o projeto, ser um repositório único de dados, informações, conhecimentos e históricos de processos de construções dos projetos, reduzir os custos e os retrabalhos com o armazenamento dos conhecimentos e das experiências, estimular a socialização e o compartilhamento de conhecimento, minimizar os riscos e potencializar os resultados do projeto. E, para que essas intenções de GC sejam alcançadas, a base de conhecimentos deverá estar sempre atualizada, as informações devem ter qualidade, ser confiáveis e estar disponíveis a todos que tiverem permissão a qualquer hora e por vários meios de acesso (internet, intranet, papel) e a linguagem deve ser acessível aos indivíduos que irão lidar com esse conteúdo.
Porém, mesmo que a literatura científica já tenha apontado alguns princípios para a implementação de GC em Projetos, não há um método amplamente validada para esse fim; consequentemente, não existe um modelo reconhecido a ser seguido. A partir dessa constatação, o LabTrans elaborou um método específico de GC em documentos de projetos que discuti e compreende a inter-relação de dados, informações e conhecimentos em documentos de projetos de maneira a criar uma base de conhecimentos.
Neste contexto e a partir da necessidade de incentivar novos estudos sobre a aplicação da GC em projetos, definiu-se como objetivo desta pesquisa analisa a aplicabilidade do método LabTrans de Gestão do Conhecimento (GC) em documentos de Projetos, desenvolvido pelo Laboratório de Transporte e Logística da Universidade Federal de Santa Catarina (LabTrans/UFSC), em um projeto ainda em andamento da área de engenharia civil.
O Método LabTrans de GC em Documentos de Projetos foi desenvolvido para apoiar a aquisição e compartilhamento de conhecimentos das equipes de projetos; agilizar e tornar mais confiável o processo de tomada de decisão durante e após findado o Projeto; ser repositório único de conhecimentos e informações estratégicas relevantes para o alinhamento intra e inter Projetos; reduzir os custos e retrabalhos com o armazenamento dos resultados dos levantamentos de dados e informações; armazenar todo o histórico do projeto para consulta posterior; explicitar graficamente o caminho utilizada para a criação do conhecimento facilitando a reanálise e o reaproveitamento por outros analistas; estimular a troca de conhecimento entre os envolvidos.
A argumentação para a implantação deste método são os benefícios propostos da construção da memória de projeto para não estacionar os conhecimentos em documentos, e sim, facilitar o acesso, o compartilhamento e o seu reuso. Com isso, o método representa explicitamente os dados, informações essenciais, bem como aponta os conhecimentos potenciais que podem ser criados a partir dos já existentes.
A base única de dados, informações e conhecimentos (D.I.P.' s) resultante do Método LabTrans de GC em Documentos de Projetos além de registrar os elementos em si (dados, informações e conhecimentos) dá atenção aos processos, pois clareia a razão sistêmica do acontecimento da aprendizagem em grupo como determina Whetten (1989). Conforme o Método, para construir a Base, deve-se identificar os D.I.P.' s críticos e de valor do Projeto; mapear o processo de construção, utilização e entregas; inventariar as inter-relações e interdependências dos elementos; armazenar os D.I.P.' s na Base, e disponibilizar um sistema inteligente de busca dinâmica e avançada não somente pelas palavras chave, mas inclusive por seus processos e inter relações.
O Método propõe cinco categorias para classificação dos componentes na Base do Conhecimento do Projeto. A categoria dos dados comporta as citações diretas apresentadas nos documentos, bem como os dados secundários utilizados nas pesquisas bibliográficas e documentais e, quaisquer dado básico apresentado em sua forma bruta não tratada. A categoria da informação são os dados tratados pelo projeto, englobando a apresentação de resultados levantados em pesquisa empírica quantitativa e qualitativa quando estes resultados não tiverem sido categorizados; representação do fluxo informacional e; quaisquer mapeamentos de processo. A categoria conhecimento corresponde às informações tratadas e/ou analisadas; a apresentação de resultados levantados em pesquisa empírica qualitativa com resultados categorizados; a análise de resultados de pesquisa empírica quantitativa e qualitativa; os conhecimentos adquiridos da mente humana principalmente a partir de entrevistas em profundidade e; quaisquer cenários elaborados pelo projeto. A categoria Representação do Conhecimento somam os conhecimentos analisados e tratados em forma de figuras, gráficos, tabelas ou quadros, incluindo os gráficos criados a partir do conhecimento da mente humana, com análise de médias; os planos de ação; as conclusões e, principalmente os produtos finais do projeto. A categoria Conhecimento Potencial comporta as ideias dos usuários da Base sobre o que ainda poderia ser criado a partir dos D.I.P.' s já existentes.
Para dar início a Base de Conhecimento do Projeto, o Método LabTrans determina a identificação da lógica de criação dos conhecimentos nos projetos, os documentos gerados e seus dados históricos para ser possível a compreensão e a hierarquização dos DIP's. Para tal, são sugeridos 22 estágios e três portões que atua como filtros da continuidade.
O primeiro estágio do Método parte da definição do escopo do trabalho onde se defini qual o projeto a ser mapeado. No segundo estágio deverá ser criado a Base da Estrutura do Projeto como um Mapa de conhecimento apresentando os objetivos, produtos e atividades e, descrevendo as dependências e conexões dos elementos do Projeto analisado. O terceiro estágio seve para identificar e priorizar os documentos do Projeto que serão analisados. O quarto estágio corresponde a realização de uma leitura exploratória nos documentos para o mapeamento dos D.I.P.'s, No quinto estágio elabora-se o Mapa inicial como um esboço que retratar a compreensão do documento. O sexto e o sétimo estágio serão utilizados para agendar e realizar reunião com a equipe responsável pelo projeto analisado. No sétimo estágio, há uma entrevista com a equipe do projeto para verificar a consistência da Base e extrair conhecimentos tácitos dos participantes sobre as inter-relações dos elementos. Ao final destes estágios, surge o primeiro portão para a análise quanto a consistência da Base inicial e se os conhecimentos obtidos na reunião são suficientes para dar sequência ao processo.
Exatamente como determina o Método, caso a Base inicial seja considerado inconsistente deve-se retornar ao quinto estágio. Caso os conhecimentos obtidos na reunião não tenham sido suficientes deve-se retornar ao sexto estágio quantas vezes forem necessárias até que a equipe do Projeto GC perceba que exauriu o momento significando que não há mais conhecimentos tácitos significativos a serem explicitados. Ultrapassando este Portão no oitavo estágio, os conhecimentos explicitados nas entrevistas deverão ser categorizados identificando as inter-relações e interdependências.
No nono estágio deverão ser realizadas três diferentes níveis de leitura sobre os documentos do projeto em análise: seletiva; crítica; e interpretativa, para que seja possível selecionar os D.I.P.' s, refletir sobre seus significados e interpretar seus processos construtivos para, enfim, desenhar a Base. Durante os estágios, décimo e decimo primeiro, respectivamente, deve-se hierarquizar os D.I.P.'s e definir os termos de ligação dando início a representação da Base por uma ferramenta de mapa conceituais. No décimo segundo estágio cria-se a Base na ferramenta CMapTools ou por outra definida pela organização.
O decimo terceiro estágio será o momento de homologar a Base com a equipe do projeto, surgindo o segundo portão do processo. Caso a Base não tenha sido validada, será necessário fazer as alterações pertinentes na Base retornando ao oitavo estágio. Caso positivo, dar-se-á continuidade ao processo chegando ao decimo quarto estágio para elaborar o relatório de Inventário da Base e as fichas que descrevem o inventário que apresentam a sequência e a hierarquia das relações dos elementos identificados nos documentos do projeto. Os próximos estágios, o décimo sexto e o décimo sétimo devem qualificar cada elemento e classificar o nível de sigilo da Base para ser possível uma análise aprofundada do Mapa dando confiabilidade à Base.
Os cinco últimos estágios são os responsáveis pela percepção e análise das inter-relações entre os elementos, as famílias de elementos e os projetos. O estágio dezoito é o momento de elaborar um mapa chamado pelo Método de: Mapa das Famílias D.I.P.'s,.Este Mapa serve para facilitar a visualização dos elementos diretamente relacionados entre si. No estágio dezenove elabora-se o Mapa dos elementos Integradores das diferentes famílias. No estágio vinte validam-se os Mapas até o momento realizados, confirmando com a equipe do projeto se há coerência interna. Neste ponto, encontra-se o terceiro portão. Se a equipe de projeto não tenha validado os resultados dos Mapas e haja necessidade de reestruturação, deve-se retornar ao estágio dezoito ou dezenove, dependendo de que mapa não tenha sido homologado. Com a aprovação dos Mapas pode-se seguir para os dois últimos estágios, onde no estágio vinte e um implementa-se a Base e, no estágio vinte e dois, integra-se os D.I.P.'s inter projetos.
Ao finalizar os vinte e dois estágios de construção da Base de Conhecimento de Projetos proposta pelo Método LabTrans de GC em Documentos de Projetos, será criado um ambiente virtual ou físico que possibilitará a sua reutilização por outros projetos.
O Quadro 1 apresenta o resumo dos estágios a serem implementados para a aplicação do Método.
Quadro 1: Resumo dos estágios do Método LabTrans de GC em Documentos de Projetos.
Estágio |
Ação |
1 |
Definição do projeto a ser mapeado. |
2 |
Criação do Mapa do Conhecimento da Estrutura do Projeto |
3 |
Identificação e priorização dos documentos do Projeto |
4 |
Realização de uma leitura exploratória e mapeamento dos D.I.P.'s, |
5 |
Elaboração do Mapa inicial como um esboço que retratar a compreensão do documento. |
6 |
Agendamento de reunião com a equipe responsável pelo projeto analisado. |
7 |
Reunião com a equipe de projeto para verificação da consistência da Base e extração dos conhecimentos tácitos dos participantes da equipe responsável pelo projeto analisado, sobre as inter-relações dos elementos. |
1º portão |
Análise da consistência da Base inicial e da suficiência da quantidade dos conhecimentos obtidos. |
8 |
Ampliação do mapa com a inserção dos conteúdos analisados e categorizados |
9 |
Aprofundamento do mapeamento dos DIPS nos documentos |
10 |
Hierarquização dos D.I.P.'s |
11 |
Definição dos termos de ligação |
12 |
Criação da Base em uma ferramenta eletrônica. |
13 |
Reunião com a equipe do projeto para homologação da Base. |
2º portão |
Análise da validade da Base. |
14 |
Elaboração do Relatório de Inventário da Base do Conhecimento |
15 |
Elaborar fichas DIP de cada elemento |
16 |
Qualificação de cada elemento da ficha DIP |
17 |
Classificação do nível de sigilo do Mapa do Conhecimento |
18 |
Elaboração do Mapa do Conhecimento dos DIP dos Produtos |
19 |
Elaboração do Mapa dos elementos |
20 |
Reunião com a Equipe do Projeto para validação dos Mapas |
3º portão |
Análise e validação da coerência interna dos Mapas. |
21 |
Implementação da Base do Conhecimento |
22 |
Integração DIP Inter projetos e Intra pojetos |
Fonte: Elaborado pelos autores com base no Método LabTrans de GC em Documentos de Projetos.
Esta pesquisa pode ser classificada como de abordagem qualitativa, de fins descritivo e meios documentais ( LAKATOS e MARCONI, 2007). Foi escolhida a abordagem qualitativa pela necessidade de compreender em profundidade o como o Método pode ser aplicada em projetos de engenharia civil, antes de quantificar o quanto sua aplicação poderá ser generalizada. A análise descritiva foi necessária para descrever o objeto de estudo do projeto em estudo, e será necessária para descrever os DIP's identificados e suas inter-relações.
Para realizar a análise de aplicabilidade do Método LabTrans de GC em Documentos de Projetos, todos os vinte e dois estágios propostos pelo Método foram seguidos para a análise dos documentos do projeto de engenharia civil em andamento, inclusive utilizando-se da ferramenta de Mapa Conceitual.
Para cada um dos estágios foi realizada a análise da aplicabilidade por meio da seguinte escala:
Para a aplicação do Método foram analisados três documentos gerados pelo projeto. Dois relatórios parciais quadrimestrais e um relatório executivo, sendo esse último o mais relevante para o estudo, pois condensa todas informações dos relatórios quadrimestrais, além de trazer novos D.I.P.'S.
Para aplicar o Método proposto pelo LabTrans, é necessário compreender o objeto de estudo do Projeto gerador dos documentos analisados, que configuraram-se em amostra deste estudo. A partir desse contexto que foram criados os objetivos, as premissas, e explicitados cada um dos DIP's e suas inter-relações.
As características de um veículo e da rodovia associadas aos fatores comportamentais e às condições climáticas exercem direta influência no conforto e na segurança de um sistema rodoviário (CNT; SEST; SENAT, 2014). Quando uma dessas variáveis apresenta-se em desarmonia, o risco de acidentes torna-se iminente.
As estatísticas nacionais de acidentes de trânsito obtidas do banco de dados do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (SUS), o DATASUS, informam um total de 40.451 mortes nas estradas em 2013 (BRASIL, 2014). Dentre os acidentes relacionados à variável comportamental, a falta de atenção foi considerada a principal causa em 2014, obtendo 32,7% do total, conforme boletim divulgado pela Polícia Rodoviária Federal (PRF, 2015). Essa falta de atenção na condução do veículo pode estar associada à sonolência e à fadiga dos motoristas.
Alguns estudos citam a sonolência e/ou a fadiga como as principais responsáveis pelos acidentes com caminhões nas estradas entre os últimos anos nos Estados Unidos (McCARTT et al, 2000; DORRIAN, SWEENEY, DAWSON, 2011; CHEN, XIE, 2014), na União Europeia (PHILIP et al 2002; GOEL, 2010; GOEL, KOK, 2012) e no Brasil (PINHO et al, 2005; SOUZA, PAIVA, REIMÃO, 2008).
McCartt et al. (2000) e PHILIP et al. (2002) associam diretamente a sonolência com a longa duração e a organização inapropriada da jornada de trabalho desses motoristas. Essa associação é corroborada em estudo do Instituto do Sono da Universidade Federal de São Paulo, que em pesquisa concluiu que 15% dos acidentes nas rodovias têm como causa o cochilo, que 60% dos motoristas de ônibus apresentam sonolência em serviço, 16% costumam cochilar em média oito vezes a cada viagem, e que 43% dos motoristas de ônibus interestadual sofrem de sonolência excessiva (CORRÊA, 2009).
Para driblar a sonolência e o cansaço, e assim conseguir entregar a mercadoria dentro do prazo estipulado, alguns motoristas fazem uso de anfetaminas, conforme afirma o estudo de Nascimento et al (2007). Os autores concluíram que 37% dos entrevistados dormiam de quatro a seis horas por dia e 34% tinham jornada de trabalho acima de 12 horas. Outros resultados desse estudo mostram que 66% dos motoristas costumavam fazer uso de anfetaminas durante as viagens, dentre os quais 27% as usavam todos os dias e, 60%, de duas a três vezes por semana. A maioria (76%) relatou que o motivo para o uso da droga é a pressa para chegar ao local de destino. Além disso, dos entrevistados, 27% relataram envolvimento em acidentes nas estradas devido ao uso dessas drogas.
Portanto, percebe-se que tanto a fadiga e sonolência podem se originar do planejamento ou cumprimento inadequados da jornada de trabalho, e que a tentativa de remediar esses estados com drogas estimulantes gera, igualmente, alto risco de acidentes. Estima-se que o custo médio, por acidente com caminhão nas rodovias federais, é de, respectivamente: R$ 22.313,92 para acidentes sem vítimas; R$ 65.656,00 para acidentes com vítimas; e de R$ 47.825,45 para acidentes que envolvem fatalidade (PRF; IPEA, 2015) [6]. Quando o acidente envolve caminhão pesado ou semipesado, o prejuízo é de R$ 150.000 conforme levantamento da Volvo Group (VOLVO GROUP, 14/5/2015).
Por ser uma questão de segurança pública, alguns países já criaram leis para regulamentar as horas de direção (Hours of Service - HOS), como os Estados Unidos e os países da União Europeia [7]. No Brasil, em 2012, foi promulgada a Lei nº 12.619, que alterou artigos da Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT) e do Código de Trânsito Brasileiro (CTB), instituindo regras sobre o exercício da profissão de motoristas do transporte de carga e de passageiros. O assunto, ainda em constante debate, levou à revogação de alguns dispositivos dessa lei, o que resultou na Lei nº 13.103, de 2 de março de 2015.
Como as leis estabelecem a quantidade de horas a serem cumpridas no exercício da profissão de motorista, o tempo destinado ao descanso e ao intervalo, e obrigatoriedade da oferta de pontos de parada e descanso, esses tópicos têm recebido atenção desde os fins da década de 1990, nos EUA, e fins da década de 2000 na União Europeia. Desde então, nos EUA, já foram conduzidos alguns estudos que se ocupam em analisar a disponibilidade de locais para parada ao longo de rodovias federais e estaduais. No Brasil, ainda há poucos estudos sobre o tema e apenas recentemente o Governo reconheceu a importância de regulamentar as horas de serviço e descanso dos motoristas profissionais.
Dentro desse contexto, o objetivo do projeto analisado neste artigo é a elaboração de uma metodologia para localização de áreas de descanso, auxiliando os órgãos competentes a oferecer áreas de descanso para cumprimento dos horários de descanso e intervalo, por meio do desenvolvimento de uma metodologia que dê conta de determinar a localização adequadas das áreas que necessitam ser implantadas de acordo com as limitações dispostas na Lei nº 12.619 de abril de 2012 e Lei nº 13.103, de 2 de março de 2015. O projeto analisado, portanto, visa a melhoria da segurança rodoviária por meio da redução da fadiga e da sonolência dos motoristas, resultando em forte impacto sobre as condições de trabalho e de segurança nas rodovias; e foi desenvolvido com base em um projeto realizado pelo Laboratório de Transportes e Logística (LabTrans/UFSC) em convênio com uma organização pública federal.
Conforme explicado anteriormente, para analise da aplicabilidade do método, foi analisada a aplicabilidade de cada um dos estágios aplicando a seguinte escala:
Com o preenchimento do Quadro de Análise (Quadro 2), seguindo a sequência dos estágios propostos pelo Método LabTrans de GC em Documentos de Projetos sobre a área de Descanso, pode-se identificar que, neste Projeto em Andamento, foi possível realizar quase a totalidade das ações do Método.
Quadro 3 : Análise da aplicabilidade do Método LabTrans de GC em Documentos de Projetos.
Estágio |
Aplicável |
Análise |
|||
Sim/Não |
Se aplicável |
Se necessário adaptação |
|||
Fácil aplicação |
Difícil aplicação |
Pouca necessidade de adaptação |
Muita necessidade de adaptação |
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1 |
Sim |
Sim |
|
|
|
2 |
Sim |
Sim |
|
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|
3 |
Sim |
Sim |
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|
4 |
Sim |
Sim |
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|
|
5 |
Sim |
Sim |
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|
6 |
Sim |
Sim |
|
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|
7 |
Sim |
Sim |
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|
1º portão |
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8 |
Sim |
Sim |
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|
9 |
Sim |
Sim |
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10 |
Sim |
|
Sim |
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|
11 |
Sim |
|
Sim |
Sim |
|
12 |
Sim |
Sim |
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|
|
13 |
Sim |
Sim |
|
|
|
2º portão |
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14 |
Sim |
Sim |
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|
15 |
Sim |
Sim |
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|
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16 |
Sim |
Sim |
|
|
|
17 |
Sim |
Sim |
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|
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18 |
Sim |
Sim |
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|
19 |
Sim |
Sim |
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|
20 |
Sim |
Sim |
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|
3º portão |
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21 |
Sim |
Sim |
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22 |
Não |
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Fonte: Elaborado pelos autores.
Em alguns dos estágios foram necessárias adaptações, como seguem descrita a seguir.
Estágio 1: Nesse estágio o método foi de fácil aplicação, pois a definição do projeto seu deu por sua relevância dentro da organização.
Estágio 2: Nesse estágio o método foi de fácil aplicação, o Mapa do Conhecimento da Estrutura do Projeto foi facilmente elaborado, não havendo necessidade de adaptação do método;
Estágio 3: Nesse estágio o método foi de fácil aplicação, pois o projeto apresenta um número pequeno de documentos, concentrando a maior parte dos conhecimentos em um único documento do projeto;
Estágio 4: Nesse estágio o método foi de fácil aplicação, os documentos são de simples compreensão o que possibilitou o mapeamento dos D.I.P.'s de maneira simplificada, seguindo as premissas do método;
Estágio 5: Nesse estágio o método foi de fácil aplicação, a elaboração do mapa inicial foi realizada com facilidade, uma vez que o documento do projeto estava escrito de uma forma simplificada, permitindo que se estruturasse os elementos do conhecimento de maneira que houvesse uma compressão do projeto;
Estágio 6:, 7 e 8: Os estágios 6,7 e 8 foram aplicados e considerados de fácil aplicação não necessitando de adaptação. É importante ressaltar que são estágios bastante importantes, pois nesse momento são extraídos os conhecimentos não documentados nos relatórios, são conhecimentos adquiridos a medida que o projeto é realizado, caracterizando-se pela extração dos conhecimentos tácitos dos participantes do projeto em análise;
Estágio 9: Nesse estágio o método foi de fácil aplicação, e aconteceu através da contribuição dos participantes da equipe de GC, que fizeram uma análise do mapa inicial do projeto e puderam perceber novos DIP's anteriormente não apresentado no mapa e também algumas lacunas de conhecimento, que deram origem aos conhecimentos potenciais;
Estágio 10: Nesse estágio do método a aplicação demandou maior esforço de análise da equipe, pois algumas das imagens e tabelas apresentadas no documento do projeto não estavam corretamente referenciadas, o que dificultou a classificação dos elementos do conhecimento, uma vez que classificação está ligada a origem desses elementos como descrito na metodologia;
Estágio 11: Da mesma forma como no estágio anterior este estágio do método a aplicação demandou maior esforço da equipe, uma vez que esse estágio depende do estágio anterior, a definição dos termos de ligação depende da hieraquização dos DIPs. Nesse estágio os termos podem sofrer alguma adaptação para melhor descrever a criação do conhecimento;
Estágio 12: Nesse estágio o método foi de fácil aplicação, sem necessidade de adaptação. Utilizou-se a ferramenta de mapa conceitual Cmap Tools, para auxiliar a criação da base do conhecimento de forma gráfica, com as informações dos estágios anteriores;
Estágio 13: Nesse estágio o método é de fácil aplicação, e a homologação da base foi realizada, e não houve necessidade de alteração.
Estágio 14: Nesse estágio o método foi de fácil aplicação, não houve necessidade de adaptação. O relatório de Inventário da Base de Conhecimento é gerado pela ferramenta CmapTools utilizada para desenhar o mapa conceitual, e depois adaptado as necessidades do relatório;
Estágio 15: Nesse estágio o método é de fácil aplicação, porém não foi realizado, uma vez que esta etapa demanda esforços significativos quando realizado manualmente e retrabalho quando em ferramenta não adequada, optou-se então pela aplicação futura em ferramenta eletrônica a ser desenvolvida.
Estágio 16 e 17: Nesses estágios o método é de fácil aplicação, porém não foi realizado por estarem ligados ao anterior. Uma vez que a ficha é criada, inicia-se o processo de qualificação de cada elemento contido na ficha, assim como a classificação do grau de sigilo, esses estágios dependem diretamente da politica da organização.
Estágio 18: Nesse estágio o método é de fácil aplicação, porém não foi realizado, pois o projeto apresenta um único produto, não apresentando diferenciação em famílias;
Estágio 19: Nesse estágio o método não foi aplicado uma vez que não foram identificadas famílias de conhecimento, logo não existem elementos integradores entre as famílias.
Estágio 20: Nesse estágio o método foi de fácil aplicação, a equipe do projeto validou a consistência dos mapas realizada em reunião com a equipe de GC.
Estágio 21: Nesse estágio o método é aplicável ao projeto, porém não foi realizado, pois não foi feita implantação da Base do Conhecimento em função de que algumas etapas não executadas por limitações de ferramenta para tal, ou políticas a serem desenvolvidas pela organização.
Estágio 22: Nesse estágio o método não é aplicável a esse projeto, visto que estamos trabalhando com apenas a análise de um único projeto.
A etapa de criação do mapa de conhecimento do projeto se iniciou com a leitura exploratória dos documentos do projeto, a fim de se conhecer o processo de criação do conhecimento.
Os primeiros elementos extraídos foram às imagens e tabelas, pois esses são elementos do conhecimento de fácil identificação e obtenção, para o enquadramento desses elementos nas classes de conhecimento Dado, Informação, Conhecimento, Representação Do Conhecimento e Conhecimento Potencial. Para realizar a classificação é necessário que todos os elementos anteriormente citados possuam suas legendas e fontes corretamente elaboradas, pois é através delas que o enquadramento é feito.
Contudo umas das dificuldades encontradas na extração e classificação desses elementos é que muitos deles não estavam referenciados corretamente e foram apresentados no mapa na cor cinza. A referência inadequada das imagens, dos gráficos e das tabelas causam problemas na hora de criar as frases de ligação entre esses elementos, uma vez que o termo surge da classe o qual o elemento foi enquadrado.
À medida que o mapa ia sendo elaborado algumas lacunas do conhecimento começavam a surgir, eles foram alocados entre alguns elementos já existentes no mapa, a partir de então se passou a perceber a importância do método para a identificação dos conhecimentos potencias para os projetos, pois além de identificar e classificar os elementos existentes nos documentos ela também nos permite preencher essas lacunas encontradas com conhecimentos potenciais, essa ação agrega mais valor ao projeto e permite uma elaboração mais apropriada da construção do caminho do conhecimento.
Outros elementos que compõem o mapa foram extraídos dos textos do documento analisado e foram classificados como conhecimentos do projeto. Com a extração de todos os possíveis elementos do conhecimento este foram agrupados em alguns nós de acordo com as suas características, esses agrupamentos permitem a estruturação de cada conjunto de conhecimento e vão dando forma ao mapa e mostrando o caminho que o conhecimento faz até alcançar seus objetivos, mostra todos os conhecimentos envolvidos nesse percurso sejam eles tácitos ou explícitos, a identificação dos DIP's auxilia na criação do conhecimento organizacional e ainda permite que as tomadas de decisões sejam muito mais eficientes.
Após a primeira versão do mapa concluída avançou-se com o método para a validação e identificação de novos elementos do mapa através de uma reunião com a equipe do projeto, onde foi possível validar os elementos já inseridos no mapa e adicionar novos.
Com todas as considerações elaboradas passou-se para os ajustes finais do mapa.
A partir dos resultados alcançados, pode-se concluir que o Método LabTrans de GC em Documentos de Projetos pode ser aplicado sem muitas adaptações no projeto de engenharia civil em andamento, trazendo até o momento a identificação de 19 Conhecimentos Potenciais, 1 Representação do conhecimento, 33 Conhecimentos, 1 Informação, 30 Dados, e ainda, tendo outros 13 elementos não classificados por erro de documentação.
Todos estes elementos classificados geraram apontamentos para os gestores do Projeto, que por sua vez, pode acertar as documentações, alimentar a listagem de tarefas e, principalmente mapear com clareza até onde o desenvolvimento já havia alcançado e quanto ainda deveria percorrer.
Após compreender os princípios e cada fase do Método LabTrans de GC em Documentos de Projetos, pode-se proceder ao estudo de aplicabilidade do método em projeto em andamento. Foram utilizados documentos de um projeto sobre a área de Descanso, em desenvolvimento, que trata da área de descanso.
Resumidamente, pode-se concluir que o Método LabTrans de GC em Documentos de Projetos pode ser aplicado em projetos ainda em andamento, pois facilita a comunicação entre os pares, ao identificar os D.I.P.'S já registrados, explicitar conhecimentos que ainda estão sendo trabalhados e, principalmente, destacar os conhecimentos que faltam ser criados.
Destaca-se a importância da continuidade dos estudos, acompanhando a aplicação deste Método no Projeto sobre a área de Descanso para que se possa identificar suas restrições e alterações necessárias ao longo do desenvolvimento.
Sugere-se inclusive, outros estudos para verificação da aplicabilidade em outros projetos de engenharia civil e de outras áreas.
LAKATOS, E. M; MARCONI, M. A. (2007) Fundamentos de metodologia científica. São Paulo: Atlas.
BRASIL. Lei nº 12.619, de 30 de abril de 2012 . Dispõe sobre o exercício da profissão de motorista; altera a Consolidação das Leis do Trabalho - CLT, aprovada pelo Decreto-Lei no 5.452, de 1o de maio de 1943, e as Leis nos 9.503, de 23 de setembro de 1997, 10.233, de 5 de junho de 2001, 11.079, de 30 de dezembro de 2004, e 12.023, de 27 de agosto de 2009, para regular e disciplinar a jornada de trabalho e o tempo de direção do motorista profissional; e dá outras providências. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Brasília, DF, 2 maio 2012. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2012/lei/l12619.htm>. Acesso em: 22 ago. 2014.
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1. Doutorando do Programa de Pós-Graduação em Engenharia Civil – UFSC. Mestre em Ciências da Computação, LabTrans/Engenharia Civil/UFSC {Laboratório de Transporte e Logística do Departamento de Engenharia Civil da Universidade Federal de Santa Catarina/ Fundação de Ensino e Engenharia de Santa Catarina }Campus Universitário Reitor João David Ferreira Lima, antonio.venicius@gmail.com
2. Doutor em Engenharia de Produção, Departamento de Engenharia Civil, LabTrans//UFSC, Campus Universitário Reitor João David Ferreira Lima
3. Bacharel em Administração Pública, LabTrans/Engenharia Civil/UFSC, Campus Universitário Reitor João David Ferreira Lima
4. Doutora em Engenharia e Gestão do Conhecimento, Departamento de Engenharia do Conhecimento/UFSC. LabTrans/Engenharia Civil/UFSC. Campus Universitário Reitor João David Ferreira Lima patricia.sa.freire@ufsc.br
5. Graduanda em Engenharia de Produção Civil, LabTrans/Engenharia Civil/UFSC/ FEESC, Rua Delfino Conti, s/n. Campus Universitário Reitor João David Ferreira Lima, nessa.espindola18@gmail.com
6. Esses valores consideram apenas os custos associados aos veículos (danos materiais ao veículo, perda de carga e remoção/pátio). De acordo com o relatório da PRF e do Ipea (2015), além destes, os custos associados aos acidentes incluem: custos relativos às pessoas (cuidados em saúde, perda de produção e remoção/translado); e custos institucionais (atendimento do acidente e danos patrimoniais).
7. Para uma leitura facilitada das regras da União Europeia sobre horas de direção, consultar o Guide to EU rules on drivers' hours: regulation (EC) nº 561/2006, da Road Safety Authority. Já para uma leitura sobre as horas de direção nos Estados Unidos, consultar o Interstate Truck Driver's Guide to Hours of Service, da Federal Motor Carrier Safety Administration.