Espacios. Vol. 36 (Nº 07) Año 2015. Pág. 7
Marcela Marçal Alves PINTO 1, João Luiz KOVALESKI 2, Rui Tadashi YOSHINO 3
Recibido: 20/11/14 • Aprobado: 11/01/2015
RESUMO: |
ABSTRACT: |
Com a invasão de inúmeras tecnologias que assolam o mundo empresarial, um fator primordial para o sucesso das empresas é o fato de poderem usufruir de descobertas e invenções de terceiros, obtendo assim uma diferente visão.
Este movimento de tecnologia, de ideias e de conhecimentos é o que pode-se chamar de Transferência de Tecnologia (TT). Segundo Aragon-Correa et al. (2007), este movimento além de transferir as tecnologias entre organizações, facilita também a criação de novos conhecimentos e soluções de produtos.
Diversos são os meios que podem-se encontrar esta transferência de tecnologia. Universidades, centros de pesquisa e empresas detentoras de tecnologia são os principais exemplos geradores de novas tecnologias, os quais poderão ser úteis para tornar mais eficiente a execução do processo de projeto. (MARTINS; OGLIARI; DIAS, 2011)
Juntamente com as universidades, tem-se também os órgãos governamentais, que determinam restrições de normas, leis e regulamentos. Além desses, é muito comum também os fornecedores de máquinas e equipamentos apresentarem um papel fundamental na empresa, pois são os responsáveis pela entrega de tecnologias na forma de recursos físicos. Ainda têm-se os prestadores de serviço, que são os responsáveis pela captação de como usar uma determinada tecnologia no desenvolver do processo.
Analisando a região dos Campos Gerais, no estado do Paraná, destaca-se o grande número de indústrias metalúrgicas instaladas. Por esse motivo, o ramo metalúrgico foi o escolhido para o trabalho em questão. Para que elas se mantenham em destaque no mercado, perante as exigências do mercado consumidor e a pressão dos concorrentes, as empresas necessitam de reestruturação, modernização e investimentos em tecnologia de novos processos.
Diante do contexto, foi identificado o seguinte problema: Como se caracteriza o processo de transferência de tecnologia em uma indústria metalúrgica? Este artigo tem como objetivo analisar como ocorre o processo de transferência de tecnologia na aquisição de novas tecnologias, e em todo o sistema de produção em uma indústria metalúrgica.
A tecnologia se concentra no know-how para uma técnica e um método para resolver um problema específico (GISSELQUIST, GRETHER, 2000). Tem evoluído pela pesquisa científica e P&D, e é um elemento fundamental para o desenvolvimento econômico do setor. Ao melhorar a eficiência das atividades de uma empresa, a tecnologia ajuda a reduzir o custo de produção e aumentar a produtividade de fabricação (LEE et al., 2010). Para Evans e Gausslin (2005), a tecnologia é um processo onde há a aquisição e o desenvolvimento do conhecimento, inovações e descobertas. Esse conhecimento adquirido posteriormente será utilizado nos projetos de produtos. A figura 2 apresenta essa ideia:
Figura 1 – Desenvolvimento de Tecnologias e Desenvolvimento de Produtos
Fonte: Evans e Gausslin, 2005
No momento em que a empresa necessita de uma nova tecnologia, ela tem opções a seguir. A primeira delas é utilizar e desenvolver o conhecimento através de seus próprios recursos. A segunda opção é adquirir o conhecimento e a tecnologia de terceiros, os quais apresentam maiores oportunidades de um melhor resultado, assim como o esperado, pois estes já possuem o conhecimento necessário. Esta segunda opção é o processo que chamamos de Transferência de Tecnologia (TT).
O processo de transferência de tecnologia é informado por uma gama de literatura sobre inovação, desenvolvimento, mudança de comportamento e desenvolvimento econômico. (KARAKOSTA et al., 2010)
Para Lee et al. (2010), TT é um processo pelo qual um fornecedor de tecnologia comunica e transmite a tecnologia através de múltiplas atividades para o receptor e isso acabará por aumentar a capacidade tecnológica do mesmo. A transferência de tecnologia pode ocorrer entre as disciplinas científicas, profissões, indústrias, universidades, setores econômicos, regiões geográficas, ou sociedades / países.
Já para Camp e Sexton (1992), transferência de tecnologia é a rota do conhecimento tecnológico, ideias e resultados de pesquisas que incidem sobre licenciamento e cooperação tecnológica.
Para as definições dadas, é possível perceber que em todas elas, a transferência de tecnologia envolve a aquisição de inovação a partir de uma fonte externa, bem como a partilha de conhecimento tecnológico de seus produtos ou processos.
A TT necessita de esforços estratégicos para disseminar informações sobre práticas inovadoras e de base científica para indivíduos, organizações e comunidades e para ajudá-los a gerenciar os desafios de usar essas informações para criar mudanças dentro de seus locais de trabalho. (LEE et al., 2010)
A transferência de tecnologia tem sido tratada como uma ferramenta importante, permitindo que uma empresa possa melhorar sua vantagem competitiva, incluindo benefícios financeiros, tecnológicos e outros, e para sobreviver em um mercado competitivo e diversificado. Lee et al. (2010) aponta os benefícios de transferência de tecnologia nos processos de produção:
• Melhoria no processo de rendimentos;
• Melhoria nos produtos e serviços de design;
• Melhoria no design para o mercado;
• Padronização;
• Propriedades físicas do produto e características de desempenho;
• Capacidade de mudar de intermitente para os processos de fluxo de massa.
O termo transferência de tecnologia refere-se a transferência de conhecimento. O conhecimento pode ser compreendido como o conhecimento técnico-científico explícito sobre os princípios de como a tecnologia pode funcionar. Essas transferências também precisam envolver o conhecimento sobre a praticidade da tecnologia para fazê-lo funcionar sob uma variedade de circunstâncias. Então, quando uma tecnologia está sendo transferida através de uma organização, como um fabricante, não há conhecimento tácito associado com os procedimentos associados à organização. (KARAKOSTA et al., 2010)
Manning (2013) definiu sete elementos de transferência de conhecimento e os benefícios obtidos através desse processo (quadro 1):
Sete elementos da transferência de conhecimento |
Benefícios da transferência de conhecimento |
Capturar e reutilizar o conhecimento estruturado; |
Redução do tempo dos ciclos de trabalho; |
Capturar e compartilhar as lições aprendidas para a prática; |
Redução de custos; |
Identificar fontes e redes de opiniões; |
Maior eficiência no uso e reuso dos ativos do conhecimento; |
Estruturar e mapear o conhecimento necessário para melhorar o desempenho; |
Eficácia funcional reforçada; |
Medir e gerenciar o valor econômico do conhecimento; |
Aumento da adaptabilidade funcional; |
Sintetizar e compartilhar o conhecimento para fontes externas; |
Aumento do valor dos produtos e serviços existentes; |
Incorporar o conhecimento em produtos e processos. |
Criação de novos conhecimentos intensivos em produtos, processos e serviços. |
Quadro 1 – Elementos da transferência de conhecimento e seus benefícios
Fonte: adaptado de Manning (2013)
Duas são as formas de transferência de tecnologia existentes: a transferência de tecnologia horizontal e a vertical. (PARK; LEE, 2011)
• Transferência de tecnologia horizontal: é a transferência de conhecimento tecnológico ou de inovação entre os projetos, organizações, indústrias e nações;
• Transferência de tecnologia vertical: é a transferência de conhecimento tecnológico ou inovação, da pesquisa básica à avançada, para o desenvolvimento até a comercialização.
A transferência de tecnologia tem três tipos diferentes de cooperação tecnológica. Se uma tecnologia ou inovação é adquirida de uma fonte externa, é referido como licensing-in. Se o conhecimento ou a tecnologia é vendida ou doada para outras empresas é referido como licensing-out. A cooperação tecnológica não é apenas em uma direção, mas sim uma transferência de tecnologia bi-direcional. (PARK; LEE, 2011)
A transferência de tecnologia é realizada através de certos mecanismos. Mecanismos de transferência de conhecimento tecnológico incluem formação (no trabalho, no local ou em outro lugar), consultoria, documentação (relatórios, avaliações, programas ou desenhos), manifestação, reunião e trabalho técnico colaborativo (CONTU, WILLMOTT, 2003).
Enquanto mecanismos formais são apropriados para capturar e transferir parte explícita da tecnologia, outras abordagens são necessárias para compartilhar o componente tácito, que é de natureza não-codificável. Simplesmente estudando manuais de operação do equipamento e outras documentações escritas, um comprador não pode capturar as verdadeiras capacidades do equipamento. O conhecimento tácito tem que ser transferido por meio da interação humana, como, a observação em primeira mão. Portanto, um bom relacionamento comprador-fornecedor e gestão do conhecimento são necessários para a transferência de tecnologia de equipamentos de alta tecnologia. (LEE et al., 2010)
Karakosta et al. (2010) indicam que a essa transferência pode ser através de habilidades ou conhecimentos, e também pelo domínio do equipamento.
A tecnologia na forma de conhecimentos e habilidades pode ser transmitida através dos seguintes mecanismos:
Mecanismos de transferência de tecnologia |
Autores |
Spin-offs |
Bonaccorsi; Piccaluga (1994); Rogers; Takegami; Yin (2000); Etzkowitz; Leydesdorff (2000); Gusmão (2002); Reis (2004); Garnica; Torkomian (2009). |
Pesquisas tecnológicas em parcerias |
Bonaccorsi; Piccaluga (1994); Rogers; Takegami; Yin (2000); Reis (2004); Santos (2008); Garnica; Torkomian (2009). |
Reuniões empresariais a fim de compartilhar o conhecimento |
Plonski (1999); Contu, Willmott (2003); Lee et al. (2010); Contu, Willmott (2003). |
Extensão universitária |
Santos (2008); Rogers; Takegami; Yin (2000); Reis (2004); Contu, Willmott (2003). |
Estágio |
Bonaccorsi; Piccaluga (1994); Santos (2008); Rogers; Takegami; Yin (2000); Contu, Willmott (2003). |
Consultorias |
Bonaccorsi; Piccaluga (1994); Plonski (1999); Contu, Willmott (2003); Lee et al. (2010). |
Cursos de extensão e cursos extraordinários |
Santos (2008); Plonski (1999); Contu, Willmott (2003). |
Encontros para intercâmbio de informações com recrutadores de pessoal |
Santos (2008); Contu, Willmott (2003); Lee et al. (2010). |
Intercâmbio de pessoal, pesquisadores ou profissionais |
Bonaccorsi; Piccaluga (1994); Plonski (1999); Contu, Willmott (2003). |
Treinamento de funcionários das empresas |
Bonaccorsi; Piccaluga (1994); Reis (2004); Contu, Willmott (2003). |
Patentes |
Gusmão (2002); Reis (2004). |
Patrocínio em pesquisa e desenvolvimento |
Bonaccorsi; Piccaluga (1994); Contu, Willmott (2003). |
Programas de educação contínua |
Santos (2008); Lee et al. (2010). |
Hotel Tecnológico |
Bonaccorsi; Piccaluga (1994); Santos (2008). |
Workshops |
Plonski (1999); Gusmão (2002). |
Pesquisa contratada |
Bonaccorsi; Piccaluga (1994); Reis (2004). |
Agência de fomento |
Contu, Willmott (2003); Lee et al. (2010). |
Incubadoras de empresas |
Bonaccorsi; Piccaluga (1994); Santos (2008). |
Bolsa de estudos e apoio a pós-graduação e graduação |
Bonaccorsi; Piccaluga (1994). |
Quadro 2 – Mecanismos de transferência de tecnologia em relação ao conhecimento e habilidade
A tecnologia sob a forma de equipamento é transferida através dos seguintes mecanismos:
Mecanismos de transferência de tecnologia |
Autores |
Implantação e gestão de núcleos de desenvolvimento de tecnologia em parceria |
Santos (2008); Lee et al. (2010); Etzkowitz; Leydesdorff (2000); |
Compartilhamento de equipamentos |
Santos (2008); Lee et al. (2010); Etzkowitz; Leydesdorff (2000); |
Serviços contratados (desenvolvimento de protótipos, testes etc.) |
Bonaccorsi; Piccaluga (1994); Santos (2008); Etzkowitz; Leydesdorff (2000); |
Comprar tecnologias prontas |
Reis (2004); Contu, Willmott (2003) |
Redes interinstitucionais |
Etzkowitz; Leydesdorff (2000); Lee et al. (2010); |
Prestação de serviços de cunho tecnológico |
Santos (2008); Lee et al. (2010); |
Contatos com outras empresas |
Lee et al. (2010); Etzkowitz; Leydesdorff (2000); |
Programas de gestão tecnológica |
Santos (2008) |
Parques tecnológicos / Polos |
Santos (2008); |
Quadro 3 – Mecanismos de transferência de tecnologia em relação ao domínio do equipamento
Este trabalho enquadra-se em uma pesquisa classificada como aplicada, e em relação à forma de abordagem, a pesquisa é qualitativa, apresentando a interpretação das relações de significados dos fenômenos, como referido pelas pessoas.
Do ponto de vista dos procedimentos técnicos, considera-se um estudo de caso. Serão realizadas observações diretas na empresa, e entrevistas com os gestores da empresa, para assim entender e identificar as etapas do processo de transferência de tecnologia conduzido por estes, bem como as habilidades e competências que servem como base para esse processo.
A empresa a ser estudada situa-se na cidade de Ponta Grossa – Paraná – Brasil, sendo considerada uma empresa de grande porte. Aqui denominaremos de empresa A.
A empresa A enquadra-se no ramo metalúrgico, e é responsável por fornecer materiais para outras indústrias. A empresa possui clientes em toda a América do Sul, sendo que, para manter-se no mercado a mesma necessita de tecnologias de ponta.
A empresa A possui duas formas de Transferência de Tecnologia, sendo em relação ao domínio de equipamentos e em relação ao conhecimento e habilidade. A figura 2 apresenta o processo de TT que ocorre na empresa estudada:
Figura 2 – O processo de transferência de tecnologia na Empresa A
A Empresa A é responsável por fornecer materiais e logística para diversas indústrias da América do Sul. A Empresa transfere sua tecnologia para outras indústrias, e também adquire tecnologia de fora, pois para permanecer no mercado, a mesma necessita de tecnologias de ponta. Sendo assim, a Empresa A apresenta transferência de tecnologia tanto na entrada de seus produtos quanto na saída.
Há um tempo atrás, a Empresa A possuía um acordo bilateral de TT com uma empresa austríaca, na qual ambas saiam no lucro. Ficou acertado que a empresa austríaca venderia seus produtos e novas tecnologias para a Empresa A, a qual seria responsável por produzir os mesmos e vendê-los. Posteriormente essa parceria foi rompida, e a Empresa A passou a desenvolver sua própria tecnologia, sem adquirir de terceiros. Segundo o entrevistado, essa foi uma época muito difícil para a Empresa, pois foi necessário contratar mais funcionários para exercer tal função, e mais tempo era necessário até a entrega do produto final para o cliente.
Analisando a necessidade da Empresa A em adquirir tecnologias de terceiros, duas novas parcerias estrangeiras foram criadas: com uma empresa japonesa e com uma americana. Essas empresas mandam os produtos e a tecnologia necessária para a Empresa A, e a montagem fica por conta dos próprios funcionários da empresa estudada, apenas com o manual. Foi percebido nas entrevistas que os funcionários não têm o known-how de montagem necessário, o qual ainda está sendo desenvolvido. Um dos maiores problemas apontados pelo entrevistado é a linguagem apresentada nos manuais, que por serem estrangeiras, os funcionários possuem uma maior dificuldade.
O gestor apontou que optando pela compra de tecnologias prontas, o produto final é apresentado de uma maneira melhor, estando pronto em um período de tempo mais rápido e mais eficiente.
Com relação a tecnologia que a Empresa A fornece para as outras empresas, o vendedor vai ao encontro do cliente ou vice e versa, analisa qual é a sua necessidade e o vendedor oferece uma solução. Após aprovado, o produto é desenvolvido junto com uma equipe de P&D, é feito um try-out na própria empresa, os produtos são aprovados e enviados ao cliente para a instalação. A Empresa A é a que faz a instalação para o cliente, tendo uma própria equipe para isso, sendo em qualquer lugar da América do Sul. A Empresa ainda presta assistência técnica, e existe uma garantia do produto.
A Empresa A apresenta uma parceria com as universidades da região, onde sua principal relação é o estágio. A empresa conta com aproximadamente 10 estagiários, os quais desde o início são inseridos no contexto tecnológico, e deles são esperados os conhecimentos vindos da universidade.
Outros mecanismos de TT também são apresentados na empresa. Há programa de Trainee, onde a empresa aposta nos novos talentos do mercado, para cargos de alta responsabilidade no futuro. A Empresa A também subsidia cursos de especialização e pós-graduação para alguns colaboradores, quando há utilidade para a empresa.
Além disso, a Empresa A observa o mercado, seus concorrentes, vão em feiras nacionais e internacionais, em conferências, fazem benchmarking, entre outros.
Há uma equipe de P&D, porém é fraco, é mais utilizado para a resolução de problemas, e não para produtos inovadores. Segundo o entrevistado, essa equipe poderia ser melhor, se a empresa investisse mais em pesquisa propriamente dita. Essa falha acontece pelo pequeno número de funcionários nesta equipe, se a mesma fosse maior, teria mais tempo para dedicarem-se nas pesquisas.
As consultorias que acontecem na Empresa A são esporádicas. O gestor aponta que elas deveriam ser mais frequentes. Elas só acontecem quando há uma necessidade muito clara.
Antes não havia essa interação entre a universidade e a empresa. Após terem começado essa interação, os gestores perceberam uma melhora significativa de seus funcionários, pois os mesmos já aprendem lá dentro e trazem conhecimentos novos, são inovadores e não tem medo de arriscar. Além disso, estimulou também os funcionários mais antigos.
Analisando o estudo de caso na Empresa A, foi possível perceber a importância da Transferência de Tecnologia. Em relação ao domínio do equipamento, quando são utilizadas tecnologias de terceiros e parcerias são estabelecidas, a empresa ganha muito mais. Os produtos que são adquiridos vêm de uma empresa que tem o known how específico para isso, facilitando assim a empresa que adquire os mesmos, pois a produção será mais eficiente e de melhor qualidade.
Em relação ao conhecimento e habilidades, as empresas que apostam na interação Universidade-Indústria são privilegiadas, pelo fato de estarem adquirindo novos conhecimentos e ideias, onde através de pesquisas podem desenvolver novas tecnologias e inovações. Na empresa estudada, ainda há um ponto falho em relação a isto. A interação com a universidade há, onde o entrevistado falou que é excelente, porém, esses estagiários e trainees não são utilizados da maneira mais correta, pois se os mesmos investissem em pesquisa também, o ganho seria muito maior.
A Transferência de Tecnologia pode suprir ou preencher uma lacuna onde universidades desenvolvem estudos e pesquisas que não são utilizadas e empresas que necessitam de um suporte teórico na produção de seus serviços. Os desafios e a busca constante por inovações estimulam aqueles que detém o conhecimento, porque somente o conhecimento aplicado tem razão de existir.
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2Universidade Tecnológica Federal do Paraná – UTFPR, Brasil. kovaleski@utfpr.edu.br
3Universidade Tecnológica Federal do Paraná – UTFPR, Brasil. ruiyoshino@utfpr.edu.br