Analysis of the cooperation University-Companies like instrument for the technological innovation
Análisis de la cooperación Universidad-Empresa como instrumento para la innovación tecnológica
Luiz Alberto Cardoso Dos Santos, João Luiz Kovaleski y Luis Alberto Pilatti
No estabelecimento de um contrato é necessário que previamente se conheça as potencialidades e fraquezas dos contratantes, para que se identifiquem quais os benefícios que serão auferidos entre ambos. No item 6 foram descritos os possíveis benefícios para a universidade e para a empresa pela realização de uma cooperação científico-tecnológica, destacando que para a academia haveria a vantagem de transformar parte de seus conhecimentos gerados em inovações que atenderiam à comunidade que a subsidia, já para a empresa, a possibilidade de agregação de valor a seus produtos/serviços através da pesquisa científica, com baixo valor de investimento.
Mas para que se chegue a identificação dos benefícios reais de um contrato, antes será preciso que ambos conheçam como cada um vê o seu parceiro de contrato e como visualizam o objeto do mesmo. No item 4 foi realizada uma análise sobre os tipos de pesquisa que são realizadas nas universidades (objeto do contrato) e como a mesma é vista pelo lado empresarial e pelo lado acadêmico. Ao se conhecer o outro (suas necessidades, potencialidades e visão) aumentam-se as condições para que se assinem um contrato “ótimo” considerando “ótimo” o contrato que aumente os lucros da empresa e que amplie o estoque de conhecimentos científicos da universidade.
A formalização de um contrato de parceria passa geralmente pela etapa informal, iniciando pelo contato pessoal (através de eventos e/ou visitas), chegando à formalização do contrato de cooperação. Mas para que esta parceria não seja apenas realizada por algumas poucas universidades e empresas é que foi descrito no item 5 o exemplo do empresário americano, que vê a universidade como uma parceira que irá lhe retribuir com suas pesquisas (tanto básicas, quanto aplicadas) para o aumento de sua competitividade, em um mercado que busca constantemente o novo e a adequação às suas necessidades.
É preciso sistematizar cada vez mais a relação universidade-empresa. Não é mais uma proposta, mas uma necessidade de todo pais que queira ser competitivo em um mercado aberto como o Brasil. Existem várias formas de cooperação, desde o estágio curricular, a consultoria sob o apoio ou não do governo, participação do empresário nos conselhos da instituição, visitas às empresas, estágio de professores, pesquisas tecnológicas em parceria, compartilhamento de equipamentos e hotéis e incubadoras tecnológicas, além do estímulo às spin-off companies (redes de empresas), a criação de instituições voltadas exclusivamente para a transferência de tecnologias e o desenvolvimento de parques tecnológicos, entre outras.
Quando a sistematização da criação inovativa, através da relação universidade-empresa, fizer parte da cultura de ambos os atores brasileiros, como ocorre nos EUA, o Brasil poderá dar o salto tão esperado para o nível dos países desenvolvidos, onde investir em C&T passa a ser um investimento de alto retorno, tanto para os empresários, quanto para a academia e conseqüentemente para a sociedade, que verá a melhoria da economia com a solução de seus problemas, utilizando como base a ciência.